segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Yeah

Eu te dei tudo
E o que você me deu?
Um bolso cheio de bilhetes em branco
Um diamante lascado e sem brilho.
Você é a culpa que me atormenta.
Aqui esta minha fé
Pra me fazer acordar pela manhã.
Uma fé que mais parece um sepulcro
Luto para não permanecer em luto eterno.
Acabo sempre ficando em cima do muro
Sei que isso não é digno
Mas quem de vocês é?
Dou meu coração de garantia
Pego essas amarras que a vida me deu
E assumo todas as derrotas e melhoro minha perspectiva.

Uma palavra, uma época, um minuto, uma culpa
Um dia, um amigo, uma estrada, um fim.
Uma idéia, uma decepção, uma tragédia, uma memória
Uma noite, uma garota, um olhar, um adeus.

Então eu vou te mostrar
Como é que eu enxergo o mundo
Não quero que você decida
O que é melhor pra mim
E não é minha culpa
Se tentamos escapar da mesmice
Se olhamos sem o menor compromisso
E o acaso sempre foi meu melhor guia.
Ingênua, porque as lágrimas são pó
Porque delas nunca sobra nada
Nem as lembranças.
Você consegue perceber a diferença
entre chorar e se distanciar?
Viver é um forte convite
Preciso de você pois é minha única saída
Para atravessar esses anos que ainda me restam.
Vou criar um lugar
Onde pensar e esperar
Sejam sinônimos de coisa alguma.
Aluguei meu coração como um aterro
Pois eu necessito afastar o ódio do ócio
Eu vou lamentar
Numa outra estação de trem
Porque você é minha culpa.

Uma palavra, mal pronunciada , uma hora desperdiçada
Um dia, um amigo, um engano, um fracasso.
Um momento, mal compreendido, uma época, sem felicidade
Uma noite, com você, um pesadelo, um despertar só.

domingo, 28 de novembro de 2010

15 Passos

Minha vida esta vazia
como um quarto do pânico,
Tudo que eu tenho é uma rotina que me mata lentamente
e feridas que não vão cicatrizar.
Quero levar uma vida tranqüila,
alguns sorrisos fingidos
e um pouco de fumaça de cigarros,
sem grandes mudanças e novidades ameaçadoras.
Mais uma vez eu tenho problemas
que envolvem todas as pessoas que me cercam,
vocês estão fechando as janelas,
vocês estão colocando um sorriso falso no rosto,
estamos vivendo numa casa de vidro.
Mais uma vez eu tenho fome de fortuna,
e este é um estranho erro para se cometer,
você deveria mostrar sua outra face
mesmo vivendo numa casa de vidro?

Todos vocês são sonhadores e hipócritas,
me pergunto se são mentirosos o suficiente
para colocar o mundo no lugar.
Eu vou ficar em casa pra sempre,
onde o meu mundo é intocável e real,
vou montar trincheiras e me defender de vocês
porque agora já é tarde demais para falar em desculpas.
Vou ataca-los como moscas, como insetos que são,
Não me tranque na sua caixa de lembranças,
não questione minha importância na sua vida.

Caminhando nas ruas eu vi
anjos de olhos negros me seguindo,
eu vi estrelas nas luzes da estrada.
E todas as figuras que eu costumava amar
estavam lá, todo meu passado e meu futuro,
Eu quero que vocês entendam,
o velho "eu" não vai voltar,
olhem nos meus olhos, porque eu não vou mudar.
Tudo que eu tento evitar é que você
destrua e despedace tudo que eu construí,
eu comecei a sentir a dor brotando nos meus ossos,
eu simplesmente não consigo mais subir as escadas
porque pedaços estão faltando na minha alma.

Não tenha grandes esperanças,
elas não vão se concretizar.
Você pinta as paredes de branco
para esconder seu mundo negro de desilusões.
Você pode colocar todos seus problemas numa gaveta,
mas vai sentir alguma coisa faltando ali na frente.
Eu quero pegar no sono
para acordar limpo por inteiro.
Existe uma lacuna na minha vida
e eu sei que ela sempre vai estar me fazendo companhia,
não tenho medo de chegar até o ponto onde eu termino
e a dor começa.
Eu sinto muito por nós dois,
fantasmas vagam pelas avenidas
carregando vidas dilaceradas,
eles estão prestes a explodir e ninguém liga.
Eu estou observando isso, lá das nuvens
e eu não quero descer, não por vocês.
Eu vou assistir, mas não quero fazer parte disso
porque você sempre me deixa sozinho,
Acreditamos que um dia não haverá mais mentiras,
não haverá mais mentiras.

Então vamos logo, você não vai conseguir me deixar louco,
o caos sempre fez parte de mim e nunca separei as coisas
para que você parecesse diferente do resto.
Eu estou terminando exatamente onde comecei,
estou terminando onde errei e isso me desgasta,
não fecharei os olhos novamente para não ferir a mente
você esperou o momento certo para cortar os laços.
Eu costumava ser legal
O que aconteceu?
A corda esticou e ficamos sem ar?
Venha para cá, onde os passos são mais leves
Vamos precisar de muito tempo para dar o passo seguinte,
15 passos e uma guilhotina,
Cinzento e feito de concreto, esse é o meu coração.
Como que feito de aço, esse é o meu pior inimigo.
Como fui deixar as coisa chegarem a esse ponto?
Onde foi que deixamos as boas maneiras?
Como fui terminar onde comecei?
Não vou tirar os meus olhos de você
E a corda já esta esticando
E já estamos sem ar.

sábado, 27 de novembro de 2010

26/11/2005



Como esquecer dos minutos de desolação, como apagar da lembrança
o exato momento em que a bola bate na mão (junto ao corpo) de Nunes e
o " desastroso arbitro" apita e define uma verdadeira setença de morte.
Um exército de 11 homens partindo pra cima de um encurralado,
apavorado e culpado juiz.
Um a um os jogadores tricolores agrediam o infeliz e  eram expulsos da partida
até que restaram apenas sete deles em campo.
Um penalti, 4 peças à menos, e muitos minutos pela frente,
esse era o panorama, frio e realista.
E eu ainda lembro da sensação que jamais poderá ser descrita com palavras,
sempre procurei, mas nunca achei a palavra exata para aquele estranho sentimento
que me calava e me fazia criar os mais terríveis cenários.
O rádio e TV ligados, muitas vozes ecoando, mas os sentidos não existiam mais,
confusão em campo, confusão de idéias, e uma vontade imensa de sumir da face da terra.
A bola na cal, um goleiro "calmo" até demais embaixo das traves e uma esperança.
Só lembro da bola subindo depois de se encontrar com a perna do goleiro.
Não foi gol, mas ainda faltava muito tempo, tempo demais, e logo viria
o questionamento: "Quanto tempo duraria a igualdade no placar com tamanha
desvantagem numérica e anímica?"
Antes que eu pudesse chegar a alguma conclusão a TV mostrava um camisa 17
entrando área adentro, driblando injustiças e incertezas.
Entre os segundos em que pensei: "Será que esta valendo?"
ou "Chuta desgraçado!",
até o momento em que a bola se encontrou com as redes
e fez com que a maior torcida do Sul do brasil entrasse
num delírio  que só terminaria na manhã seguinte,
experimentei o que há de melhor no futebol:
Raiva, tristeza, indignação, aceitação, esperança, cair na real,
apreeensão, ansiedade, alegria, delírio, vibração e...
IMORTALIDADE.
Obrigado Grêmio por todos os momentos que vive ao teu lado.
Jamais matarão este amor.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Você fala em Sanidade...

Você pode até achar tudo normal
Só que não é bem assim,
O que parece bom pra você
Pode não parecer pra mim.
Suas idéias doentias
Um dia te destruirão,
Eu vou ver o seu império cair
E sorrir sem nenhum perdão.
Achou que podia me humilhar por trás de uma razão
Uma razão que um dia acaba
Quando o poder sai de suas mãos.
Você fala em sanidade
Como quem pode fazer,
Você tenta falar a verdade
Só que não tem nada pra dizer.
Você não sabe o que dizer
Só nos resta esperar.....

(Sanidade)

terça-feira, 23 de novembro de 2010

O Dia Da Nossa Morte

Todo dia nós nos sentimos vivos em alguns momentos,
Um segundo estamos no céu e no outro à beira de um abismo.
Todos sangrando e todos odiando.
Apenas piscando os olhos e já perdemos a melhor parte da vida.
São conflitos demais, são derrotas demais. Perdas que jamais poderemos calcular,
Venha visitar a terrível dor de ser humano
E sentir o que eu sinto, a cada palavra pronunciada pelos lábios vis.
Nós estamos desaprendendo a viver ou é só um vulto de tristeza?
Eu já tinha te dito
Que seu mundo desmoronará, pedaço por pedaço.
Até nosso orgulho nos matar
ou até nós aprendermos a viver sem tudo o que amamos.


Acorde com o som do despertador,
com essa música ensurdecedora,
pelo motivo de você não saber o que
tem que ser até que a vida te tire algo tão precioso
quanto o ar.


Nossa inocência é uma virtude
Mas não sabemos até que ponto ela é útil nesse mundo.
Nossa arrogância nos deixa cegos
E fingimos não perceber
Que o mundo há muito já não é aquele velho lar.
Fomos abandonados a própria sorte
Sem ninguém para salvar nossa vida fútil,
Nós descobriremos que somos frágeis como almas no limbo,
Que tudo aquilo que nós temos de ruim
Esta bem escondido no interior dos corações amargurados.
De farelo em farelo
Você vai perder força,
E seu teto vai desintegrar, pedaço por pedaço novamente.


Acorde porque você já desperdiçou tempo demais
Mentindo para todos e para si mesmo.
Acorde e veja que o tempo lhe escapa
Até quando você pensa que tem tudo sobre controle.


E sua arrogância cairá pedaço por pedaço,
E passo à passo sua esperança vai apagando
Com a chama da sua vida.
Até o seu orgulho finalmente vir para te matar.


Acorde ao som das piores palavras,
Respire fundo e aproveite os segundos
Antes que o mundo leve o melhor de você;
Acorde e observe que o ódio
Se alimenta dos sonhos que desperdiçamos
Esperando pela ajuda de quem nem sabe
Que a gente existe.

domingo, 21 de novembro de 2010

LikeAriot,LikeAriot,LikeAriot

Ela: "O que vai acontecer agora?"
Eu: "Não faço a mínima idéia,
mas deve ser alguma coisa muito legal
porque ta todo mundo olhando pra cá."
Rimos juntos e acenamos: "sem ofensas".

Lisztomania (Phoenix)

Tão sentimental
Não, sentimental não
Romântico, não, nojento ainda não.
Querida, eu estou desanimado e solitário
Quando apenas carregando a sorte
Fui à procura de algo mais
Deixe, deixe, deixe, degole, deixe, deixe.
Vamos devagar, desencorajados,
Distante dos outros interesses.
No seu final de semana favorito
Este amor é só para senhores
Isso é só com a sorte.
Não, tenho que ser outra pessoa
Estes dias vem, vem, vem, vem, vem e vão
Lisztomania
Pense menos, mas veja isso crescer
Como um motim, como um motim
Não me ofendo facilmente
Não é difícil deixá-la ir
De uma bagunça para as massas.
Lisztomania
Pense menos, mas veja isso crescer
Como um motim, como um motim,
Não me ofendo facilmente
Não é difícil deixá-la ir
De uma bagunça para as massas
Siga, desorientado, continue parado
Repugnância, desencorajar
Neste precioso final de semana
Este amor é só para senhores
Ricos cavalheiros apenas
E agora que você está solitária
Deixe, deixe, deixe, degole, deixe, deixe.
Vamos devagar, desencorajado,
Vamos queimar as fotos ao menos
Quando tudo terminar, nós mal poderemos discutir
Por apenas um minuto.
Não só com a sorte
Pensei que poderia ter sido alguma outra coisa
Estes dias vem, vem, vem, vem, vem e vão.
Lisztomania
Pense menos, mas veja isso crescer
Como um motim, como um motim,
Não sou ofendo facilmente
Não é difícil deixá-la ir
De uma bagunça para as massas
Lisztomania
Pense menos, mas veja isso crescer
Como um motim, como um motim,
Não sou ofendo facilmente
Não é difícil deixá-la ir
De uma bagunça para as massas.

2 Jogos Para o Delírio


Aos Atleticanos uma prova de que, para eles,
o sonho acabou no Sábado à tarde dentro do Olímpico.
Que venham Guarani e Botafogo, que venham sentir
a fome de Libertadores que carregam os jogadores
do Imortal..

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Independiente é o Grêmio Na Sul-Americana


LDU vencia por 3x0,
mas deixou que o time argentino reagisse
e marcasse dois gols.
Com o 3x2 o Independiente
joga por uma vitória simples na Argentina
para se classificar para final da Sul-Americana.
Vamos Independiente!!!!

Portaluppi Fica, E junto permanece a Esperança





"Por ser gremista não quis a cláusula. É um casamento, pode ter briga, se o clube quiser que eu saia, eu vou sair. Se fizesse cláusula, eu estaria tirando dinheiro de um clube que eu gosto."

Lovemebleed

"De viver sempre nessa monotonia, com as mesmas pessoas, as mesmas conversas e os mesmos dias; De ser tratada sempre como uma segunda escolha para quem eu coloco sempre em primeiro plano; De sentir saudade de quem já se esqueceu de mim; De tentar agradar o tempo todo e só receber indiferença em troca; De pessoas imaturas que sou obrigada a conviver todos os dias; De ser sempre a certinha que nunca comete erros aos olhos das pessoas; De fazer planos que nunca se realizam; De correr atrás de quem só tenta se afastar de mim; De pessoas que mudam e se tornam irreconhecíveis; De sentir ciúmes de quem nem sabe da minha existência... Enfim, eu poderia escrever um livro que ainda não diria tudo."


(Amanda Kaaren)

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Memórias Mortas

Sentado no escuro eu não consigo entender
Porque cada um dos meus pesadelos se tornam realidade
E é assim todo dia, e é assim e sempre vai ser.
Até mesmo agora, percebo que eu nunca terei
Tudo aquilo que você joga na minha cara
Com amargo prazer e saborosa vingança.
Apenas mais uma história de dor e azedume
Regada a comprimidos para dormir
e remédios tarja preta.
Não posso voltar de novo
Não posso começar do zero
Não consigo ser quem você quer que eu seja
Eu já não posso mais carregar o peso das derrotas.


Mas você me pediu para esquecer, e eu o fiz
Troquei minhas emoções por um escudo de frieza e indiferença,
Fiz de você um refúgio onde apenas eu sabia chegar.
E quando fui embora, eu não parti de verdade, 
Eu apenas fiquei distante por tempo indeterminado, 
Parado no meio do caminho, na estrada contrária a da felicidade.
O outro "eu" está morto
E agora é velado por todas as pessoas
Que não sentirão minha falta.
Eu escuto sua voz dentro da minha cabeça,
E é assim todo dia,
Posso sentir você respirando aqui, dentro da minha cabeça
E é difícil ter e perder,
Conviver e precisar esquecer.


Nós nunca estivemos vivos, e nós não nasceremos de novo
Mas eu nunca sobreviverei com memórias mortas em meu coração,
Memórias mortas em meus pensamentos são tudo o que eu tenho,
Memórias mortas agonizando em meus braços.


Você me disse para te esquecer, e eu o fiz
Amarrei a minha alma dentro de um abismo e me submeti aos seus caprichos
E agora o que restou de mim, se você levou tudo que eu tinha.
Então quando for embora, 
Levarei comigo apenas minhas cicatrizes
O meu outro "eu" se foi
Agora eu não sei a que lugar eu pertenço.


Nós nunca nos manteremos vivos, e nós não morreremos sem dor
Mas eu nunca sobreviverei com memórias mortas em meu coração,
Memórias mortas em meu coração e cobertas com meu sangue,
Imagens de você e de um momento que eu nunca vivi,
Lembranças que me obrigaram a apagar a felicidade, como se eu fosse capaz.
Memórias mortas em meus braços 
E quando estamos perto demais pra voltar
Será que seremos fortes o bastante para cicatrizar as feridas abertas?
Visões tortas do seu nome na minha mente
Vozes que me dizem que a raiva é a única saída,
Mentiras que eu sempre quis que se tornassem verdades absolutas.
Sangue podre em minhas veias,
Dedos e mãos que jamais entenderam que a distância
É a dor que não se cura com nenhum anestésico.
Saudade é a insanidade dos sãos.

Les dice Lio: "Me Saqué las Ganas de Ganarles"



                                          
Messi, 
diferentemente de qualquer jogador brasileiro,
prefere tentar o gol do que se jogar para cavar a falta.
Assim ele marcou o gol da vitória da albiceleste
sobre um discreto Brasil.
Para Neymar, Robinho e Ronaldinho
fica a lembrança de que o melhor do mundo
não bate penalti com cavadinha,
não gosta de samba,
prefere a bola
do que a noite,
e é claro:
é Argentino.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Mais do Mesmo

Sempre fui o mesmo,
até quando quis muito parecer outra pessoa.
Mas sempre fui do mesmo jeito,
ainda que eu não quisesse ser assim.
Nunca consegui manter aparências
ou desconectar os ouvidos
pra não escutar determinadas palavras.
Já tentei, mas não foi muito efetivo.
Sempre sobram resquícios de conversas
na sua cabeça,
resquícios esses, que você, assim como eu,
queria ver queimando em uma fogueira
de lembranças ruins.
Difícil mesmo é ter que reviver os fatos vis,
todos de novo, um milhão de vezes mais,
porque quando parecem mortos e enterrados,
aí sim é que eles teimam em voltar à tona mais uma vez.
E lá estão eles todos expostos para quem quiser ver,
mostrando fragilidades e desvios de conduta.
Provando para todos o quão desleixado e incompetente
eu consigo ser.
Provando para mim que tudo o que eu quis viver
nem sempre se tornou realidade. E isso me desgasta.
Porque quando as memórias se afastam com ação do tempo
eu quase consigo acreditar que é real,
vou me convencendo aos poucos que tais pensamentos
se tornaram concretos.
Aquele desejo se transformou em realidade
num piscar de olhos.
E quem irá dizer que não é?
Tudo que eu não preciso é que o passado volte
e me mostre que nada daquilo existiu,
que tudo não passou de enganação e fingimento.
Eu não preciso disso.
Vou na direção que a ladeira desce
porque de dificuldades minha cabeça esta cheia,
e de descontentamentos o passado esta repleto.

E o Fim é Sempre Certo, Eu sei

Somos pedaços de nada. 
Vazios. 
Curamos as feridas com fel 
e as cicatrizamos com sorrisos mal esboçados 
por um amor alheio.

sábado, 13 de novembro de 2010

Direção perigosa

Eu fecho os meus olhos
Enquanto dirijo pra casa essa noite
Porque eu preciso ver alguma coisa que eu não goste?
Mudando as ruas, Eu estou perdido no meu caminho de casa
Onde eu estou? Essas ruas são tão parecidas.


Eu poderia mudar o mundo essa noite
Sem mudar meu coração por dentro?
Eu poderia mudar o meu caminho de casa
Tirando você da minha cabeça


Eu sempre pego as ruas erradas
Isso me leva de volta para onde você esta
Voce pode se sentir morto quando você esta vivo....


Cem milhas por hora para ficar perto de você
Alcançando a morte em cada trajeto
Se sentindo depressivo, exposto e triste
eu prendo a roda que me deixa querendo estar do seu lado
Você pode se sentir morto quando você está vivo
E isso não é bom.. e isso não é tão bom
Queria que você pudesse me ver lá,
E eu queria que você pudesse quebrar meu carro
Desculpa, isso tudo é uma vergonha mas não é minha culpa
Se você me faz dirigir tão rápido
Para chegar à lugar nenhum.
Então eu fecho meus olhos
Talvez eu voltarei para casa essa noite
Talvez eu deixarei você triste ou feliz essa noite
Isso depende de como eu vou dirigir
De volta para casa.




(Hateen/Danger Drive)

terça-feira, 9 de novembro de 2010

The End

Levo a vida assim
Devagar, sereno.
Pois se não fosse a dor do viver
Não saberia ao certo se ainda vivo.
Porque tudo que é vivo morre,
E difícil mesmo é dar-se conta
De que morto esta.
Qual a definição para sentenciar alguém como morto?
Quantos de nós interferem no viver
Mais do que qualquer morador de tumba?
Quer dizer, só se esta vivo se sua ação
Gera no outro algum tipo de percepção,
Não vou ser tão exigente pedindo uma reação,
Só uma vaga notabilidade. Alguém viu que você passou por aquela porta,
Alguém disse que você é exatamente aquilo que ela projetava,
Alguém disse que você salvou o dia.
Para se ter a alcunha de "vivo" você deve se fazer notar.
Ok, parece simples...
...Mas não é.
Na maior parte do dia você é insignificante
Para boa fração das pessoas que te cercam,
Por mais que você se julgue presente nos pensamentos alheios.
Pretensão vil, na verdade não há nada recíproco,
Não há sentimento que se mande e se receba na mesma intensidade.
Isso é fato consumado, como 2 e 2 são 5, não é mesmo, Thom York?
Somos apenas figurantes num filme barato de direção e produção
De qualidades duvidosas,
Por mais que necessitemos de um papel principal,
Jamais passaremos de coadjuvantes da vida alheia.
Você pensa ser importante, você quer fazer parte daquilo,
Mas querer não é poder... tocar com as mãos.
E se você não pode tocar, não é real.
Então, o que você deve se perguntar é:
Se não faço parte do mundo que achei que fazia,
Estou vivo? Eu não sei responder.
Só sei que se você esta vivo,
Deve estar sentindo uma dor lancinante na alma,
Daquelas de tirar o sono e arrastar madrugadas até
A hora do sol nascer.
Se você sente tal dor, muito bem, você ainda esta vivo.
A vida não te anestesiou para todo sempre.
Se você não consegue senti-la, lamento,
Você pode não saber,
Mas é só um fantasma da cena seguinte,
Figurando no "filme" de uma outra pessoa.
Não fique triste,
Espere até a cena final, até que subam os créditos.
Talvez, e somente talvez,
Se você significou alguma coisa para alguém,
Seu nome vai estar lá,
Passando rapidamente pela tela que é a sua retina.
Reze para que você esteja num longa metragem,
porque de curtas o inferno esta cheio...

domingo, 7 de novembro de 2010

Oh please, say to me...

"...You'll let me hold your hand.
Now let me hold your hand,
I wanna hold your hand...

...And when I touch you I feel happy inside.
It's such a feeling that my love
I can't hide, I can't hide, I can't hide..."


Ontem...

"...Suddenly,
I'm not half the man I used to be
There's a shadow hanging over me
Oh, yesterday came suddenly..."

(McCartney)

Sir Paul McCartney esta entre nós....

"...Close your eyes and I'll kiss you
Tomorrow I'll miss you..."

Acasos

Eu quis nunca te perder
Tanto que via em tudo que você fazia, o céu,
Fiz de tudo para que você jamais tivesse motivos para partir,
Mas não houve acordo.
E agora sei que deixei você à vontade demais,
Livre demais, te dei poder demais.
E você se foi, sem nem pensar duas vezes,
Desejava exatamente o oposto, e eu não pude ver,
E também não pude crer
Que te vendo de novo fosse sentir tanta.... indiferença.
Isso me incomoda, afinal não era para ser assim,
O bom sendo diz que deveria existir desconforto,
Amor e ódio, dor e lembranças. Mas não.
Ouve o pior de todos os sentimentos:
A indiferença.
Luis Fernando Veríssimo já havia dito
Que o sentimento oposto ao amor
não era o ódio, e sim a indiferença.
Pois acabei por colocar essa teoria à prova
E constatei que é irremediavelmente verdade.
Sem dúvida essa foi a melhor noticia dos últimos dias,
Descobrir-se capaz de cicatrizar feridas há muito expostas
Aos olhos podres.
Mas você, ah você, que era tudo aquilo e hoje nem sombra faz àquela imagem,
E creio que a recíproca seja verdadeira e antecessora à minha.
É, pois é. É o amor que ninguém mais vê.
Somos agora o que fomos a maior parte do tempo. Estranhos.
Isso é esquisito.
Mas assim é o amor, doença que dá e passa,
Fé num santo oco de milagres vis e tão singelos
Para tanta devoção.
Como uma criança, ele deseja ter, e depois que têm
Deixa de lado.
Parece que vai ser assim daqui pra frente,
Sempre foi assim e não vai ser eu quem vai mudar
Todos esses paradigmas que aí estão
Atravancando meu caminho.
Mas não seria bom se fossemos a exceção?
Então me diga o que aconteceu, me diga o que sobrou,
Me diga o que faltou, ou então diga qualquer coisa
Para acabar com esse silêncio constrangedor
De anos de duração....

sábado, 6 de novembro de 2010

Não Vejo Nada, Dilma. Não Vejo Nada...

Tô vendo nada, Dilma, tô vendo nada.
Não tem saída, não tem entrada.
A hora é má e a vida é malvada,
O sol bate nas grades de um presídio de luxo,
Ou de um condomínio de detenção máxima.
E na prisão que é nossa cidade
Você vive, você rala, você luta, você sangra
E não adianta, Dilma, não adianta.
A melodia, a luz do dia, sua voz doce, sua lábia fina.
Promessas vagas, palavras amargas, sorrisos falsos.
É tanta crueldade, só brutalidade,
Infelicidade na nossa cidade,
Então porque, Dilma, você não diz a verdade.
Dilma, se a mentira fosse votos, e o diabo o cabo eleitoral.
Se a mentira fosse uma suave ilusão dentro da falsa realidade,
mas a vitória em si, já justifica os meios.
E se eu engatilhasse a minha arma,
Uma arma carregada de ódio e amor,
mas muito mais ódio que amor.
Eu apontava, com gana, com garra, com raiva,
e te matava,
Pelo abandono que você dedica a mim todos os dias,
Por todas as vezes que eu temi.
Te matava como um apanhador de sonhos e esperanças
esmagadas pela sua hipocrisia e por todos motivos dados.
E de repente nossa cidade se transformava
Em tudo aquilo que já não é,
Organizada, com mais respeito e prazer,
O povo tem direito, mas não só o "seu povo",
não só um lado da moeda.
Por isso eu rezo
Pelo menino segurando uma HK
Como se fosse um livro,
E pelo policial que não se deixa comprar
E pelo garoto que ninguém viu ser morto,
Grito pelo trabalhador, por qualquer individuo,
Grito por ti, por mim,
E pelos meus amores.
E ainda não vejo saída, não vejo entrada,
Um grito meu, um grito duro e desesperado,
Grito por tudo, grito pra nada,
Grito por tudo e grito pra nada.
Na madrugada mais uma família foi despedaçada,
Não vejo nada, Dilma, não vejo nada,
Você fala e eu escuto, mas não ouço nada.
Não vejo nada, naquela que agora tem todos nas mãos...

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Nunca Mais Seremos Dois

Como é difícil acordar quando chega o momento
Em que você realmente descobre que perdeu.
E por fim você se da conta
De que tudo terminou.
Que nada é mais como antes,
Que só restou o vazio
Onde sempre faltou o sentimento.
Éramos inseparáveis agora estamos tão distantes,
As palavras doces foram levadas pelo vento.
Sinto que morro,
O medo pode mais do que eu,
Me sinto só,
Diminuído por todos.
Sinto que morro,
Sinto isso enraizado na alma
Sinto que nunca mais seremos os mesmos.

Eu só quero te esquecer,
Que cada um de nós possa seguir seu caminho.
Recolheremos todos os pedaços do amor que se quebrou.
Porque eu fui ingênuo,
Por pensar que tudo era meu,
E agora só me alimento de lembranças.
Éramos cumplices dos mesmos sonhos,
Agora somos dois estranhos,
As palavras se tornaram sinceras demais.
Sinto que morro,
A raiva consegue me vencer,
E o tempo consegue me deter
Fácil demais.
Sinto que morro,
Lentamente por dentro me escapa a vida,
Sinto que nunca mais seremos simplesmente desconhecidos.

Não quero estar assim sem lembranças,
Não posso estar assim sem lembranças.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

O Velho e o Novo

Velhas figuras sempre voltam na sua mente,
se fazem presentes por uma pequena fração de segundos
e novamente se vão, sem deixar vestígios.
O pior de relembrar uma imagem antiga é ver
que aquela projeção que você havia criado em sua mente
jamais passou perto de ser realidade, muito pelo contrário,
nada saiu como você pensava ou desejava.
E nasce aquele arrependimento carregado de culpa.
Culpa por ter perdido tanto tempo cultivando esperanças
sobre um cadáver de memórias,
culpa por ter ficado ali parado na expectativa de uma reviravolta.
Então, num piscar de olhos, vemos que nada daquilo aconteceu
e que continuar vivendo em função de um desejo de mudança
do outro é tão ineficaz quanto fechar os olhos para o perigo.
Nem sei ao certo quantas dessas projeções já se criaram
dentro da minha cabeça. Só sei que foram figuras demais
para tão pouco lucro, tudo que sei é que de nada valeu
se abraçar ao abstrato. Vamos tentar, só pra variar,
basear nossas expectativas em algo mais concreto, mais real.
Quero coisas mais reais.
Quero não maquiar a verdade para que ela pareça mais bela
e reconfortante. Tente vislumbrar o que é tão igual à todos,
e veremos que todos estamos atrelados a um cais de ideais
sobre o jeito certo, a pessoa certa, os valores morais que imaginamos corretos.
Pense bem, você nem sabe se isso realmente existe,
se não é apenas um devaneio do seu pensamento mentiroso
e egoísta. Sim, seu pensamento é sim egoísta.
Ele passa as 24 horas do dia raciocinando em função dos seus problemas,
dos seus anseios e nem questiona tamanha arrogância criada pelo seu
inconsciente. Arrogância essa, que esta enraizada nas palavras mais doces
e nos gestos mais inocentes. Sim, eu sei que você só age assim em interesse próprio.
Não me venha com essa história de atitudes altruístas, isso não existe.
Ninguém faz nada que não lhe renda frutos futuramente e contra isso
não há argumentos e nem direitos de resposta.
Então de que vale chorar a glória da lucidez?
Comemore, você finalmente vai sair desse casulo de absurdos
que você julgava como única verdade e passar a escutar uma segunda
opinião. E isso vai te fazer bem, seu maluco insensato!
Sei que o velho já teve seu tempo de paisagem perfeita,
afinal ele nunca ousou contra-argumentar.
Pelo menos tente evitar que o novo se transforme num oásis
de sabor amargo, numa ilusão que só trará descontentamento.
Tente tratar o novo com indiferença e sem todas aquelas luzes
apontadas em sua direção. Pode acreditar, é bem mais saudavel
e não tem contra-indicação.