quarta-feira, 27 de julho de 2011

Luiza

Luiza,  não importa o que você diga
Eu simplesmente não posso ficar aqui preso ao 'ontem'.
como continuar agindo igual com as pessoas
se você destrói minhas esperanças.
E a cada nova forma de você sorrir
eu descubro um céu mais azul,
esqueça, pois isso tudo parece meio bobo.
Faça de conta que nunca precisamos mentir para esconder nossos defeitos.
Nada mais do que dias normais com um sorriso mentiroso.
nada mais do que isso, porque não posso te apagar assim, tão fácil.
Luiza, não importa o que você faça de errado
tudo parece fazer tanto sentido pela manhã.
Eu sei que nunca descobrirei quem é você de verdade,
pois o jogo é esse, não fui eu quem deu as cartas.
Para fazer seus olhos fugirem tanto de mim
só preciso de algumas palavras.
As coisas não estão do jeito que elas deveriam,
desse jeito a tristeza poderia me sufocar, e não queremos isso, certo?
se eles soubessem que você um dia me amou,
faria diferença?
se eles soubessem que eu nunca te esqueci, eu pareceria mais estúpido?

Pelo menos eu perderia esta sensação de sentir algo fútil e vazio
algo inútil e sem propósito.
Algo que esconde minhas verdadeiras ações e intenções,
esconde você de mim.
Estamos em mundos tão distantes
com aparências sofridas e corações partidos.
E todas as orações que suas mãos puderem fazer
nunca irão rogar por mim.
Luiza, eu simplesmente pego todas as esperanças que você ousar jogar.
E então coloco tudo fora,
para mostrar que minha indiferença as vezes desperta.

Eu jogo tudo fora
porque não me resta muita coisa, afinal.
Como se jogar coisas em direção ao céu fosse remédio.
Como se abraçar você fosse salvação.
Tão idiota pensar que um dia cogitamos estar ou ficar juntos.
Como ontem.
Lembro que fiquei parado e olhei fixamente
para os seus olhos bem abertos
olhando para o nada.
E o rosto que eu vi olhou de volta
com algum pesar, pela minha presença.
De um jeito óbvio, constatei que era a última vez,
a despedida que se apresentava, tão certa.
Mas não consigo segurar minhas lágrimas.
O ódio se mistura a dor e as lembranças de momentos raros.
Luiza, acredite que eu nunca quis isso.
Eu pensei que desta vez manteria todas as minhas promessas,
pensei que você fosse a garota com que sempre sonhei,
mas deixei o sonho morrer, vítima de uma doença incurável:
o descaso.
E as promessas se quebraram
e o faz-de-conta cobrou seu preço...
Luiza,
não importa o que você diga
eu simplesmente não posso ficar aqui do seu lado.
E continuar fingindo que as paredes não me deixam maluco,
não dá pra esquecer que você representa um erro feliz.
O silêncio é a prova de que as mentiras venceram a honestidade,
Não se preocupe,
e faça de conta que nunca precisamos de motivos para nos ver.
isso prova que tudo é feito para acabar, cedo ou tarde se esfarela.
Na vida, o horizonte é algo que não se enxerga antes dos 30.
e capturar a verdade hoje em dia, é missão ingrata,
como ouvir a mesma verdade.
A chuva veio projetar memórias na minha mente tão cansada de você.
Continuo um apanhador de oportunidades, mesmo que elas sejam frágeis demais
para se transformarem em algo concreto.
Aperto o passo,
mas não há nada que eu possa fazer por nós dois,
nunca houve.
Não há nada mais,
não há nada pra salvar,
absolutamente nada...

Talvez Não Esteja Claro o Suficiente

Pego de surpresa
Deu tudo certo.
O ar esta tão escuro e frio quanto esta noite.
Me deixe ir
Eu ainda não estou pronto.
Eu juro que irei aproveitar esse tempo
E eu
não mentirei.
não pecarei.
Talvez eu, simplesmente, não queira ir.
Você não pode esperar por mim?
Talvez eu não possa ir embora.

Eu deveria ter perguntado
eu poderia ter ajudado.
Pelo menos umas mil vezes antes de ter desistido
esta oferta poderia ter aparecido antes.
Ou então você provará que eles mereceram a sua atenção mais do que eu.
E eu
eu não fecharei os olhos
não direi que não significou nada.
Talvez eu não queira mais fugir da realidade.
Você consegue ver?
Talvez eu não esteja sendo claro o suficiente.

Existe?

Mias um final de semana vazio e inútil,
Essas pílulas brancas já não são mais tão gentis,
Eu pensei bastante nas últimas 2 noites.
Eu sinto falta daquele muro, onde passávamos horas sentados
conversando sobre o nosso dia.
E lentamente riamos ao entardecer,
Pensei muito nos dias que se foram, e nos que ainda estão por chegar.
Os dias vieram e se foram,
Nossas vidas passaram tão rápido,
Eu mal lembro de conseguir respirar,
Enquanto olhava para o teto do seu quarto,
Onde eu te olhei, e disse tudo,
Mas você jurou que me amava mais.
Você se importa se eu não souber o que dizer?
Você vai dormir essa noite, mas será que vai pensar em mim?
Vou esquecer de tudo, vou fingir que esta tudo bem?
Vou fingir que existe alguém no mundo que se sente igual a mim.
Existe?

Aqueles bilhetes que você escreveu pra mim,
Estão todos guardados,
Eu pensei durante horas numa maneira de te escrever de volta ainda essa noite,
Em cada letra, em cada simples palavra,
Estará uma mensagem escondida
sobre um cara que ama uma menina.
Você se importa se eu não souber como agir?
Quando você pegar no sono essa noite,
vai lembrar de mim e sorrir?
Vou esquecer que você prometeu,
fingirei que tudo esta igual.
Vou lembrar que deve existir alguém, por aí, que se sinta do mesmo modo que eu.
Existe?

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Skyline

Quero esconder um sorriso para poder usa-lo à tarde,
no caminho de volta pra casa, quando houver milhares
à minha volta, mas ninguém prestando a atenção devida.
Quero te emprestar um minuto em troca de um segundo
do seu sorriso.
Vou dizer que amo seus sapatos, parar em frente a sacada
enquanto você toma banho.
Passar amão pelo seu pescoço, como se quisesse aliviar
o peso da rotina.
Segurar sua mão e sair para andar sem rumo certo,
não ligar a miníma quando você comer minha comida,
te encontrar num bar e contar sobre o meu dia,
falar sobre o seu dia.... e rir.
Rir da sua paranoia.
Gravar um cd que você nunca vai ouvir,
ver filmes ótimos com a sua companhia,
ver filmes horríveis com a sua companhia.
Te contar uma piada sem graça que ouvi num programa de tv ontem à noite,
e não rir das suas piadas.
Te querer pela manhã, mas deixar você dormir mais um pouco.
Te dizer o quanto adoro seus olhos, seus lábios, seu pescoço...
Observar pela janela seus vizinhos chegando em casa,
sentar nas escadas e fumar até você chegar em casa.
Me preocupar quando você esta atrasada,
e me surpreender quando você chega cedo.
Te dar flores,
ir a sua festa e beber até se arrepender,
me desculpar quando estiver errado,
e ficar feliz por você me perdoar.
Olhar suas fotos e querer ter te conhecido desde sempre,
ouvir sua voz no meu ouvido,
sentir seus dedos entrelaçados nos meus.
Ficar assustado com a sua fúria,
dizer que você esta linda,
te abraçar quando estiver desamparada,
te defender quando todos estiverem contra você.
Lembrar de você quando sentir seu cheiro
numa blusa em cima da cama.
Te irritar ao te tocar,
reclamar quando estou do seu lado,
e chorar quando não estou.
Me debruçar sobre você e olhar fixamente em teus olhos,
te acordar no meio da noite puxando o cobertor e sentir calor quando você não puxa-lo.
Me derreter quando você chora,
me desarmar quando você sorri.
Não entender como você pode pensar que estou te evitando,
porque não estou evitando você,
e me torturar imaginando como você pôde pensar uma coisa dessas.
Me perguntar quem você é,
mas te aceitar de qualquer jeito.
Comprar presentes que você não vai gostar,
e troca-los por outros que você também vai odiar.
Te pedir em casamento e ouvir você dizer "não",
e continuar pedindo mesmo assim,
porque embora você ache que não é verdade,
sempre foi sincero, desde a primeira vez.
Andar pela cidade pensando que tudo fica um pouco mais vazio sem você.
Querer uma coisa só porque você quer o mesmo.
Pensar que estou me perdendo
e te contar o meu pior e tentar te dar o melhor de mim,
porque você não merece nada menor do que isso.
Responder suas perguntas quando prefiro me calar,
e te dizer a verdade mesmo que eu não queira.
Tentar ser honesto
porque sei que você prefere achar que tudo acabou,
esperar mais dez minutos,
do que me tirar pra sempre de sua vida.
Esquecer quem eu sou só pra tentar chegar mais perto de você.
e de alguma forma compartilhar um pouco do irresistível, imortal, poderoso,
incondicional, envolvente, enriquecedor, agregador, atual,
infinito....           amor.

Hay que cambiar

Preciso ouvir passos conhecidos, e desejar que eles estejam se aproximando
e não ficando cada vez mais distantes de mim.
Preciso de coragem para admitir que mudanças são bem vindas,
e mais que isso, são extremamente necessárias para um futuro digno de uma vida saudável.
Necessito ouvir mais palavras doces, e menos criticas severas.
Ninguém cobra de mim tanto quanto eu, por tanto se for abrir a boca para apontar defeitos,
esqueça, eu já sei todos os meus de cor.
Tentarei me deter mais nas qualidades das pessoas que em seus defeitos,
embora tenha certeza que elas não farão o mesmo em relação a mim.
Preciso sepultar meus erros, leva-los para longe e deixa-los lá para morrer,
carrega-los por mais tempo só serviria para alimentar pequenos monstros
feitos de insegurança na minha mente.
Limparei a poeira do passado usando apenas a arte do esquecimento,
eu quero, eu posso e pretendo apagar o que foi construído em equívocos.
Vou proteger meus ouvidos de gente que falha grotescamente no quesito: bom senso.
Não é possível que eu esteja compactuando com a fraude que são as últimas
frases que tenho ouvido durante os últimos anos.
Como armas, apenas o equilíbrio e honestidade.
Honestamente vou te dizer que não sei ao certo que caminho seguir,
nem à quem me agarrar. Não sei ao certo se preciso de alguém para me ajudar
a trilhar tal caminho. O certo é que vou procura-lo como quem procura ouro,
e de tanto tatear no escuro, devo encontra-lo em qualquer esquina desconhecida,
acompanhada da normalidade do dia a dia.
Já vivi algo parecido com isso. Posso ressuscitar uma vida mais, de tantas que já
joguei pelo ralo.
Mas para isso, "hay que cambiar las cosas".
Temo que eu saiba exatamente o que é preciso ser feito,
e cuidado, pois não tenho mais medo de agir.

domingo, 10 de julho de 2011

Paredes

Devem ser as paredes.
Sempre as mesmas pardes, brancas e sem graça.
São elas que bloqueiam minha mente, elas que não me permitem olhar para o futuro, planejar e realizar.
Só pode ser por conta dessa pasmaceira branca que me atrapalha a paisagem.
Do trabalho pra casa, da casa para o trabalho. e lá estão as mesmas paredes, todos os dias
fazendo uma companhia quase fúnebre.
Não há julgamento, eu já as condenei a morte. Ou talvez tenha sido ao contrário.
Confesso que não me lembro ao certo.
Mas tenho a mais absoluta convicção de que são elas as culpadas pela apatia que me toma
durantes a maioria dos dias que se arrastam pelo calendário.
Aquela imensidão branca, aquele muro feito de nada.
A culpa só pode ser das paredes. Esse meu vazio, essa raiva, esse descontentamento carregado
de afasia. Isso que me leva a pensar o porque de tudo ser tão comum e razoável.
Devo estar me enganando, mas é tão confortável apontar e dizer:
"a culpa é dessa maldita parede".