quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Estou me destruindo

Um pouco mais vazio, um pouco mais despedaçado. Um pouco mais velho, um pouco menos de esperança.
Um pouco menos de fé, um pouco de menos de paciência. Um pouco menos de família, um pouco mais de raiva. Mais ira, menos "guardar pra si".
Um pouco menos de pena dos outros, um pouco mais de amor próprio.
Um pouco menos de "cruzar os dedos", um pouco mais de cerrar os punhos.
Um pouco menos de erros, um pouco mais de vitórias. Menos desprezo, mais silêncio.
Menos de mim, mais de nós. Um pouco menos de exageros, um pouco mais de consequências.
Um pouco menos de ansiedade, um pouco mais de sorte ao acaso.
Um pouco menos de clareza, um pouco mais de incerteza.
Um pouco menos de dor na alma, um pouco menos de "muro das lamentações" diário.
Um pouco menos disso que vocês insistem em chamar de vida normal,
um pouco menos de sorrisos forçados. Um pouco menos de você reduzido ao passado.
Um pouco menos do óbvio de cada manhã, um pouco menos de culpa por me subjugar.
Um pouco menos de tolerância com o nada, um pouco menos de distância,
um pouco menos de fingimento, um pouco menos de realidade.
Um pouco mais de músicas no silêncio, um pouco menos de ruídos na nossa comunicação.
Um pouco menos de medo, um pouco mais de chances.
Um pouco mais, vida. Um pouco mais.

Coldplay - The Scientist

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

After midnight#068

"A noite ameaça se amotinar
De sonhos despedaçados e de dores.
E sigo em frente até o abismo
Me segurando em nada,
Implorando salvação.
Passam dias, passam anos.
E minha vida se arrebenta,
Como bolhas de sabão."

After midnight#006

"Todos os espaços estão
Inundados de tua ausência.
Inundados pelo silêncio.
Não há palavras, não há perdão"

sábado, 3 de dezembro de 2011

Through the trees

"Por entre as árvores
Eu te encontrarei;
Eu curarei as ruínas deixadas dentro de você.
Porque eu ainda estou aqui, respirando agora...
Eu ainda estou aqui, respirando agora...
Eu ainda estou aqui, respirando...
Até eu me libertar.
Vá calmo por entre as árvores."

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

skeletons

Começamos odiando, relavando erros.
Eu jamais demonstraria nada por você.
Sua mente é nojenta, como se fosse repleta de cartazes absurdos
culpando meio mundo pelas suas loucuras e tragédias dominicais.
Todos esses distúrbios e emoções contraditórias que adquiri
são responsabilidade sua, e espero que a vida esteja cobrando
isso da sua sanidade.
Meu temperamento esta piorando, suas desculpas estão me cansando.
Não aguento nada de ninguém, infernizo todos enquanto ainda posso,
enquanto ainda estou respirando.
Eles podem me criticar, mas nunca vão me entender.
Olhe para mim, aposto que você esta de saco cheio de mim agora,
mas ainda vou estar aqui para te ridicularizar enquanto houver pulsação.
Tenho alguns monstros no meu armário,
e antes que eles sejam guardados comigo no meu caixão,
vou distribui-los por essa casa.
Tudo que eu fiz foi estúpido, sem dúvida foi idiota,
mas eu continuo engatilhando as armas e resistindo da melhor maneira
que pude aprender.
Se ponha no meu lugar, tente imaginar, alguém esta tomando
mais comprimidos na cozinha do que um viciado em algum
quarto imundo.
A vida inteira tentei acreditar que estava errado sobre você,
não estava, então não tente justificar seus erros com
boas intenções, nossas covas estão sendo cavadas pelas
suas "boas intenções".
Enfim, quando você notar o quão brega se tornou
fingindo se proteger com esse puritanismo mascarado
de fé, já vai ser muito tarde.
Estaremos descendo o caixão, estaremos nos despedindo
do mal. Se já não for muito tarde,
se já não estiver tudo perdido,
ainda haverá tempo para desengatilhar a arma
e mudar a direção da bala,
e colocar o lixo para fora de casa.