Muitos e muitos dias atrás,
em mundo completamente diferente desse,
com pessoas totalmente diferentes,
com paredes recém pintadas de uma cor nova,
não havia nada para ser mudado, mas, a vida achou de corrigir
o incorrigível.
Desta vez, um outro lugar,
com tantos desperdícios e erros,
com tempo faltando, sem espaços para equívocos.
Quem era eu? Quem eu seria?
Se houvesse outra chance,
se mudássemos uma virgula de lugar, do que seríamos capazes?
Tanto faz,
simplesmente mais uma respiração para esconder,
apenas mais um jogo sem resultado, mais um caso não desvendado.
Labirintos repletos de "se" e "talvez".
Afastando o passado, jamais imploraremos outra vez, rebuscado em sonhos
existe uma vida que não lhe pertence, escondida em algum apartamento sem luz,
fugindo de você como um criminoso, lhe avisando:
"última chance, última dança".
Você resistiu a muitos infernos e não consegue se lembrar nem o por que,
triste fim é esperar pelo dia de amanhã como sinal de esperança.
Já se sabe que a esperança habita em sotãos empoeirados e esquecidos,
dentro de uma velha casa em que você costumava se sentir feliz.
Continue respirando, para ver depois que os sol abandonar o horizonte,
do mesmo modo que a alegria abandona as ruas em dias como esses,
em que mal conseguimos sinalizar um adeus.
Os portões da prisão se abrem vez ou outra,
a questão é: quantas chaves você ainda tem para abri-lo?
barras de ferro não podem aprisionar almas,
mas podem condenar sonhos.
Nas paredes da cidade não restou nada escrito a seu respeito,
estamos escrevendo histórias vazias, que nunca serão lembradas,
gritamos pelos que já se foram, em breve não faremos mais companhia
nem para os que ficaram.
Só porque você sente alguma coisa
não quer dizer que você esteja vivo,
Creio que estamos matando tempo,
enquanto deveríamos estar vivendo.
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