sexta-feira, 21 de maio de 2010

Eu Quero Fazer Um Gol Em Um Grenal...

Eu quero fazer um gol num Grenal.

Nada muito sofisticado,
Não precisa ser uma grande jogada
cheia de dribles, nada disso.
Pode ser de cabeça,
Pra não ser muito rigido em meu pedido,
Aceito, como segunda opção,
que seja num chute desviado de fora da area.
Mas faço questão que seja aos 43 do segundo tempo,
Numa tarde fria de inverno,
Acabando com o zero-a-zero sofrido de um jogo truncado
Trocando o burburinho das arquibancadas
pelos gritos insurdecedores.
Gostaria que estivéssemos usando camisetas de mangas compridas,
sem patrocinio, com numeros e distintivos bordados,
como em 83.
Eu estaria usando a camisa 9,
como os velhos artilheiros de outrora.
Eu poderia ser uma jovem promessa
estreando no time,
ou um veterano em fim de carrera.
O fato é que entro em campo e formo,
com meus companheiros,
O EXÉRCITO DO IMORTAL TRICOLOR.
Ancheta e De León defendendo e lutando,
Jardel revezando a "centroavancia" com Tarciso,
Osvaldo, Gessy, China e Dinho
descubrindo um jeito de jogarem juntos,
Renato e Baltazar tabelando area a dentro
Lara, Danrlei ou Mazarópi qualquer um
Da Divina Trindade
Everaldo e Arce... André Catimba e Goiano...
Mauro Galvão e Baidek... Paulo Nunes e César...
Felipão e Valdyr Espinosa aos berros na beira do campo...
Jogam mais do que onze nesse time,
Pois a matematica dos sonhos tem seus caprichos.
O mais fascinante seria a trilha sonora:
Quero escutar a bola roçando na rede,
O grito dos que deixavam o estadio
voltando enlouquecidos,
A bronca do zagueiro adversário na defesa,
O estadio saindo do silêncio para o delirio.
Ao mesmo tempo quero ouvir a narração do gol
com todos os clichês possíveis,
Quero que algum repórter invada o campo na hora da comemoração
para que eu diga algo incompreensível e ofegante em meio a palavrões.
Por fim quero receber cartão amarelo por vibração excessiva.
Seria o final perfeito
para o gol que eu quero fazer num Grenal.

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