quinta-feira, 7 de abril de 2011

Um pacto

Um pacto para viver,
voltando uns anos na minha vida,
recordando dias de saudade e buscando absolvição,
me odiando de sol a sol,
remoendo mágoas
nos restos de um amor,
como um caminho reto
para o desespero,
criei um conto de terror.

Seis anos assim, alimentando remorsos de um sentimento
fugindo sempre para o mesmo lugar,
com minhas fantasias,
buscando outro corpo, outra voz,
fui atravessando infernos
para escapar de você.
Intoxicado, louco e sem humor.
Se hoje você estivesse aqui,
quando rabisco esse papel,
seria um momento raro,
não tenho sonhos,
meu coração ainda bate,
como se fosse forçado por impulsos elétricos,
com um milagre e uma ressureição,
e isso que estava morto voltou a ferir,
perdi o controle sobre o passado.

O poder sempre mata,
e se para te ter aqui
tenho que manter essa mentira,
não posso faze-lo.
Você é meu horizonte,
os nervos se perdem, tremo e perco a voz,
um sentimento é capaz de ti tornar um idiota,
e eu quero apagar as memórias dos dias que se foram,
quero esquecer esta superstição,
ainda recordo de diálogos que há muito morreram,
ainda respiro você pela manhã,
esse é meu pacto para me manter vivo
um pacto para seguir em frente,
seguir vivo.

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