terça-feira, 29 de junho de 2010

A Cura

Dois mil anos mais,
apenas por termos fechado os olhos algumas vezes,
até quando culpar?
Sublimar o que é ruim,
apontar o dedo assim,
acreditar na redenção.
Se o pior está aí
não posso estar em seu lugar,
certo demais,
puro demais,
Vidas fogem ao controle com as armas e os beijos,
carregados de seus pecados,
frágeis, intensos.
Se deleguei o meu poder,
De controlado à controlar,
toda dor será prazer.
E todo orgulho esconderá que me mato em você.
A razão da vida é?
E toda dor e todo prazer
e todo sexo e poder
e nos discursos feitos pelo bem.
Onde errei!?
Quantas vezes vamos desistir?
Quantas vezes omitir?
Culpar por culpa,
curar sem cura,
E se em dois mil anos eu me curar?
E você....
não estiver mais aqui...




(Dead Fish)

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