terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Os portões fechados

Os portões da prisão nunca se abrirão para mim...
porque eu sinto que as correntes jamais irão se partir.
Com estas mãos e de joelhos eu estou rastejando
procurando pela luz no meio de uma escuridão de pensamentos,
Eu alcanço você...
Bem, eu estou aterrorizado com essas quatro paredes
que insistem em me dizer que eu fracassei.
Estas barras de ferro não podem aprisionar minha alma por muito tempo
pois não a liberdade sem a morte da esperança.
Tudo que eu preciso é que me digas que já é hora de deixar pra lá,
Venha, por favor, estou chamando pela ajuda que jamais me foi oferecida.
Eu estou gritando por você, eu estou tentando não ver.
Apresse-se, estou acordando para a verdade...
estou caindo...
Mostre-me como é
Ser o último a ficar de pé
Depois que o mundo se esfarelar,
E ensine-me a diferença entre o certo e o errado
E eu te mostrarei quão incerta é a lógica dos cegos.
Diga isso para mim
porque eu acredito nas palavras que mentes para mim.
Diga isso por mim
porque eu preciso que me enganes só mais uma vez.
E eu deixarei essa vida para trás
Diga se vale a pena me salvar...

Os portões do paraíso não se abrirão para mim
pois não me arrependo dos dias em que te neguei.
Com essas asas quebradas estou caindo
E tudo que eu vejo é você...
Nas paredes da cidade que me moldou
e me torturou de forma tão doce.
Eu estou na borda da linha
que me separa de tudo que amei.
E eu grito por você, mas não tenho voz para vencer todos que me cercam.
Venha, por favor, estou chamando
E tudo que eu preciso é de uma boa noite de sono...
Apresse-se, estou caindo...
estou caindo
Me deixe ver como é ser você
pois, certo mesmo é que não há saídas de emergência na sua sala de estar.
Ser o ultimo a ficar de pé
Essa vai ser a minha sina.
E eu te mostrarei que nada é tão ruim em tons de cinza.
Minta pra mim
Finja por mim
E eu deixarei essas mortes para trás
Diga se vale a pena me salvar...

Apresse-se, eu estou caindo...
Venha, por favor, eu estou chamando..

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