sábado, 27 de novembro de 2010

26/11/2005



Como esquecer dos minutos de desolação, como apagar da lembrança
o exato momento em que a bola bate na mão (junto ao corpo) de Nunes e
o " desastroso arbitro" apita e define uma verdadeira setença de morte.
Um exército de 11 homens partindo pra cima de um encurralado,
apavorado e culpado juiz.
Um a um os jogadores tricolores agrediam o infeliz e  eram expulsos da partida
até que restaram apenas sete deles em campo.
Um penalti, 4 peças à menos, e muitos minutos pela frente,
esse era o panorama, frio e realista.
E eu ainda lembro da sensação que jamais poderá ser descrita com palavras,
sempre procurei, mas nunca achei a palavra exata para aquele estranho sentimento
que me calava e me fazia criar os mais terríveis cenários.
O rádio e TV ligados, muitas vozes ecoando, mas os sentidos não existiam mais,
confusão em campo, confusão de idéias, e uma vontade imensa de sumir da face da terra.
A bola na cal, um goleiro "calmo" até demais embaixo das traves e uma esperança.
Só lembro da bola subindo depois de se encontrar com a perna do goleiro.
Não foi gol, mas ainda faltava muito tempo, tempo demais, e logo viria
o questionamento: "Quanto tempo duraria a igualdade no placar com tamanha
desvantagem numérica e anímica?"
Antes que eu pudesse chegar a alguma conclusão a TV mostrava um camisa 17
entrando área adentro, driblando injustiças e incertezas.
Entre os segundos em que pensei: "Será que esta valendo?"
ou "Chuta desgraçado!",
até o momento em que a bola se encontrou com as redes
e fez com que a maior torcida do Sul do brasil entrasse
num delírio  que só terminaria na manhã seguinte,
experimentei o que há de melhor no futebol:
Raiva, tristeza, indignação, aceitação, esperança, cair na real,
apreeensão, ansiedade, alegria, delírio, vibração e...
IMORTALIDADE.
Obrigado Grêmio por todos os momentos que vive ao teu lado.
Jamais matarão este amor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário