segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Yeah

Eu te dei tudo
E o que você me deu?
Um bolso cheio de bilhetes em branco
Um diamante lascado e sem brilho.
Você é a culpa que me atormenta.
Aqui esta minha fé
Pra me fazer acordar pela manhã.
Uma fé que mais parece um sepulcro
Luto para não permanecer em luto eterno.
Acabo sempre ficando em cima do muro
Sei que isso não é digno
Mas quem de vocês é?
Dou meu coração de garantia
Pego essas amarras que a vida me deu
E assumo todas as derrotas e melhoro minha perspectiva.

Uma palavra, uma época, um minuto, uma culpa
Um dia, um amigo, uma estrada, um fim.
Uma idéia, uma decepção, uma tragédia, uma memória
Uma noite, uma garota, um olhar, um adeus.

Então eu vou te mostrar
Como é que eu enxergo o mundo
Não quero que você decida
O que é melhor pra mim
E não é minha culpa
Se tentamos escapar da mesmice
Se olhamos sem o menor compromisso
E o acaso sempre foi meu melhor guia.
Ingênua, porque as lágrimas são pó
Porque delas nunca sobra nada
Nem as lembranças.
Você consegue perceber a diferença
entre chorar e se distanciar?
Viver é um forte convite
Preciso de você pois é minha única saída
Para atravessar esses anos que ainda me restam.
Vou criar um lugar
Onde pensar e esperar
Sejam sinônimos de coisa alguma.
Aluguei meu coração como um aterro
Pois eu necessito afastar o ódio do ócio
Eu vou lamentar
Numa outra estação de trem
Porque você é minha culpa.

Uma palavra, mal pronunciada , uma hora desperdiçada
Um dia, um amigo, um engano, um fracasso.
Um momento, mal compreendido, uma época, sem felicidade
Uma noite, com você, um pesadelo, um despertar só.

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