quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Memórias Mortas

Sentado no escuro eu não consigo entender
Porque cada um dos meus pesadelos se tornam realidade
E é assim todo dia, e é assim e sempre vai ser.
Até mesmo agora, percebo que eu nunca terei
Tudo aquilo que você joga na minha cara
Com amargo prazer e saborosa vingança.
Apenas mais uma história de dor e azedume
Regada a comprimidos para dormir
e remédios tarja preta.
Não posso voltar de novo
Não posso começar do zero
Não consigo ser quem você quer que eu seja
Eu já não posso mais carregar o peso das derrotas.


Mas você me pediu para esquecer, e eu o fiz
Troquei minhas emoções por um escudo de frieza e indiferença,
Fiz de você um refúgio onde apenas eu sabia chegar.
E quando fui embora, eu não parti de verdade, 
Eu apenas fiquei distante por tempo indeterminado, 
Parado no meio do caminho, na estrada contrária a da felicidade.
O outro "eu" está morto
E agora é velado por todas as pessoas
Que não sentirão minha falta.
Eu escuto sua voz dentro da minha cabeça,
E é assim todo dia,
Posso sentir você respirando aqui, dentro da minha cabeça
E é difícil ter e perder,
Conviver e precisar esquecer.


Nós nunca estivemos vivos, e nós não nasceremos de novo
Mas eu nunca sobreviverei com memórias mortas em meu coração,
Memórias mortas em meus pensamentos são tudo o que eu tenho,
Memórias mortas agonizando em meus braços.


Você me disse para te esquecer, e eu o fiz
Amarrei a minha alma dentro de um abismo e me submeti aos seus caprichos
E agora o que restou de mim, se você levou tudo que eu tinha.
Então quando for embora, 
Levarei comigo apenas minhas cicatrizes
O meu outro "eu" se foi
Agora eu não sei a que lugar eu pertenço.


Nós nunca nos manteremos vivos, e nós não morreremos sem dor
Mas eu nunca sobreviverei com memórias mortas em meu coração,
Memórias mortas em meu coração e cobertas com meu sangue,
Imagens de você e de um momento que eu nunca vivi,
Lembranças que me obrigaram a apagar a felicidade, como se eu fosse capaz.
Memórias mortas em meus braços 
E quando estamos perto demais pra voltar
Será que seremos fortes o bastante para cicatrizar as feridas abertas?
Visões tortas do seu nome na minha mente
Vozes que me dizem que a raiva é a única saída,
Mentiras que eu sempre quis que se tornassem verdades absolutas.
Sangue podre em minhas veias,
Dedos e mãos que jamais entenderam que a distância
É a dor que não se cura com nenhum anestésico.
Saudade é a insanidade dos sãos.

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