sábado, 29 de janeiro de 2011

Nada Tenho, Nada Quero

Faz tempo que estou sozinho e que perdi a cabeça, faz tempo que estou louco, não me leve muito em conta. Estou enfermo e nada pode me curar, eu só preciso de um pouco de tranqüilidade.
Quando fecho meus olhos todo meu mundo dá voltas, e tentarei pouco à pouco recuperar a cabeça.
Sei que tive e já não tenho, sei que tive e que sempre perco tudo,
sei que as nuvens tapam meu céu, sei que há feridas que nunca fecham,
sei que faltam peças para completar esse jogo, sei que as tive e já não tenho,
sei que tudo que é bom morre e apodrece.
Sou um imã para as dores, meu coração se envenena, veia por veia, até morrer,
e creio que eu morro, porque espero e esta tudo tão longe, me desespero e nada esta onde devia.
Porque o mundo me fez assim, vazio por dentro, sou um delinqüente com sentimentos, porque todo mundo é exatamente a mesma coisa. Não quero ser Deus, só quero ser mais um nesse jogo, não me restam fichas e nem ilusões, só tenho uma missão que é salvar a minha pele. 
E eu lavo as minhas mãos, 
só quero a minha parte e a sua eu jogo fora. Vai ser sempre cada um por si.
Um tempo para pensar no que fizemos de errado, um tempo para perder e saber se arrepender.
Com todos os sonhos guardados em caixões, como um barco envolto na tempestade,
com os pensamentos voando meio sem jeito, com perguntas na cabeça.
Com frases inacabadas, com punhais cravados nas costas, com feridas por cicatrizar.
Te ensinando duas caras, uma doce e outra amarga, uma mente e a outra diz a verdade.
Nada tenho, nada quero.

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