sábado, 30 de outubro de 2010

Crônicas de Morte

A morte, 
algo que jamais vamos conseguir explicar numa frase despretenciosa.
A pergunta é, quando realmente nós começamos a teme-la, a partir de que momento passamos a sentir a dor dilacerante da separação definitiva, a falta que jamais será suprida.
Ela esta atrelada a nós desde o dia em que nascemos,
somos algemados a morte ainda na maternidade,
caminhamos com ela durante toda a nossa vida.
Vemos uma série delas na TV em forma de notícia ou ficção,
mas ela esta sempre presente.
Esse fato é tão complexo, tão doloroso, tão inexplicavel,
Quando o envolvimento afetivo entre pessoas se torna tão vital
de maneira que a morte de um seja um impedimento para outro
seguir a sua própria vida?
A morte era para ser apenas o fim, e ponto, 
mas quando nos encontramos com ela somos facilmente abatidos pela dor.
Começamos a pensar se alguma coisa nos espera depois dela,
acho que por puro medo de acreditar que não há continuação de vida alguma.
Não existe forma certa para lidar com esse fato, porque ele não é pensado de forma racional,
não se deve pensar nesse caso, se deve sentir e só. Colocar todo sofrimento
para fora e tentar seguir em frente.
Na prática parece simples. Quem dera fosse, alguns jamais se recuperam
depois de se encontrar com ela. Outros tremem de medo só de ousar menciona-la.
Temos medo, temos pavor de perder todos de quem gostamos e de nos encontrar
com algo ainda pior do que a morte. A solidão.
A solidão é uma morte por antecipação, um limbo para os que ainda estão vivos,
e talvez, isso explique em parte as lágrimas que são derramadas a cada alma que se apaga.
Pena de morte, prisão perpétua. estes são os dois piores castigos para quem comete um crime,
e provam o quão juntos caminham essas duas condições.
Só sei que ela nos revela a fragilidade de existir e nos joga na cara a dependência que temos
da pessoa que caminha ao nosso lado. Estamos todos condenados a morte e isso implica
em se preparar para conviver com o peso de esperar por ela a cada esquina
que viramos. Medo é inútil, mas impossível de repelir.
A morte esta aí ao seu lado, atrelada as suas escolhas,
esperando a sua má sorte sorrir pra ela.

Nenhum comentário:

Postar um comentário