sábado, 4 de setembro de 2010

Não Lembro Mais

Eu escutei muito bem
Não vou precisar de um segundo chamado,
Entre o ruído forte e o silêncio da morte,
Algo acabou com essa idéia errada
A minha boca fechada é o que me deixa escutar,
Da água pro vinho
A ação e reação que acabou com a afasia,
O fôlego novo que me deixa perto demais do ritmo certo
Nem me lembro mais da minha queda,
É que a vontade de subir se firmou
Mesmo que eu esteja longe demais para alcançar
É melhor acreditar que isso vai virar realidade
Do que permitir que a noite aparareça e escureça o brilho dos olhos,
Não vou mais refletir esse mundo doente,
Não tenho mais que carregar esse peso,
Sem palavra que acalme, sem mentira que cole
Os fragmentos de um povo que há muito adoeceu,
Coberto de razão e de formigas se foi mais um "herói"
Vitíma da sua própria existência
Não há ideal, não há causa, não ceda a outra face pra bater
Não adianta acreditar que tiro de amor não dói,
Me permito à igonorância que salva tudo e todos.
Melhor acreditar em uma miragem
Acreditar em qualquer vento que possa te levar
Pra fora da sua mente,
Já não sou mais eu quem vai pagar essa "conta".
Se a dor não sai, eu a expulso
E simplesmente não lembro mais.
Um dia após o outro a minha vida se escreve
Me acomodar com a derrota é renegar quem eu sou.
Melhor que acreditar numa imagem de alguém que nunca existiu,
Qualquer hora eu venho te levar clareando a noite,
Já não sou mais quem está nessa prisão,
Se estou confuso
Simplesmente não lembro mais.
E vou fazer, refazer, começar, terminar...

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